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VÍCTOR ALEJANDRO SALINAS RUBIO

(   CHILE   )

 

Nascimento: 6 de agosto de 1983 e Santiago de Chile.

TEXTOS EM ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

BENDITO SEA TU CUERPO. Resumen del 1er Concurso Mundial de Poesia Erótica – Perú, 2007.  Compilador: José Guillermo Vargas. Lima, Peru: Ediciones Ventana Andina, 2008.  358 p.   15 x 21 cm.  No. 10 735                       Ex. biblioteca de Antonio Miranda


NOCTURNO

De vez en cuando es la noche
te desvisto de tu cuerpo
para besar el alma desnuda.

De vez cuando tu cuerpo
es una noche desnuda
que envuelve el alma mía
y me besa en el crepúsculo.

De vez en cuando me duermo en la noche de tus besos
y te recuerdo como cuando aún en mi vida no existías,
(vacío inmenso, inmenso vacío en el vacío),
y huelo a ti, a tu carne, a tu sangre, a tu cuerpo.
¡y todo en mi despierta en tu fragancia!
volcán de rosas ardientes, huracán de gemidos perpetuos,
la noche despierta cuando a mi lado te sueño,
no hay cadenas que sostengan mi cuerpo
cuando loco me agito en tu carrusel de fuego,
no hay soles que aclaren mi instinto
cuando oscuros deseos en tu boca sacio,
¡y me pierdo en la noche  de esa boca!
porque eso eres, la noche, mi noche,
hay planetas, hay estrellas en tu boca,
la cruz del sur me besa con tu boca,
y se quiebran tus uñas cuando rasgan mi espalda,
se tiñen de rojo con mi sangre y mi fuego
tus manos, manos blancas, uñas largas,
igual de bellas que el corazón que muerdo,
¡y me envuelvo en la noche de esas manos!
hay galaxias, meteoritos en tus manos,
cúmulos de luna moldeas con tus manos,
en ti crucifiqué mi angustia una noche como esta,
déjame crucificar también mi sexo entre tus piernas,
déjame enclavado en lo más hondo de tu vientre,
suave como un beso, dulce como una flor,
y ser en ti el último latido, y tú en mí el último gemido.
y amamos por las noches tal como la luna nos amó,
y de vez em cuando desvestirte de tu cuerpo,
y de vez en cuando atraparte como la tierra atrapó la luna,
y tenerte girando a mi lado siempre, siempre mía,
siempre.


INTENSO

I

Aspírame la vida,
quiero morir en tu boca,
deséame, tócame, bésame,
inclúyeme en todas tus jugadas,
quiero cabalgar contigo en un corcel inquieto
y recorrer desde el iris fuego de tus ojos
hasta el último rincón de tus uñas pintadas.

Aquí está el que te pide, el que te ansia,
el que vio tu fruto como carne mía,
soy quien te desea a toda hora,
el que te busca, el que te sueña,
el que navega en tu barca cristalina
para beber la dulce savia de tus senos,
tu amante, tu vampiro, tu secreto.

¿Sabes, amor mío?
no quiero ser una lágrima gris
que viaja sola y perdida en el viento,
ni tampoco un lirio azul que
con un soplo deshoja el invierno,
¡no amor, yo quiero ser tus manos!
¡moldear mi cuerpo con tus manos!
llenar con tu aroma nuestra cama
para que crezcan miles de flores de Eros,
¡ y besarte, amor mío, besarte!
¡ hasta llegar al límite de nuestros cuerpos!       

II
Muérdeme la voz amor mío y cállame,
aprisióname el habla con un beso,
contigo siento que no es sangre
y lo que recorre mis venas, sino fuego,
y que no es agua lo que mi boca desea
sino el extasiante y dulce sudor de tu cuerpo.

Succiona mi lengua hasta agotarme la savia
la sonrisa entreabierta que enmudece mi voz,
bésame la boca amor mío y cállame,
quiero sentir mi garganta tu flor.

Yace entre mis dientes la loca ilusión
de pezones  que gimen cuando ebrio los muerdo,
apriétame en tu pecho, ahógame en tu aliento,
esta noche dormiré abrazado a vuestras piernas
como una enredadera de deseos perpetuos,
tu me callarás con un beso de amor las palabras
y yo te besaré con palabras de amor en silencio.


MARIPOSA AMANTE

Soñé un jardín de rosas
en la frontera de tu cuerpo,
en el que tus pies
acariciaban mis pasos
y paseaban a mi lado
por senderos recorridos,
mientras tu aliento fresco
envolvía nuestra escena
con su silueta orgiástica
tumbada en mi destino,
como un suspiro tenue
que ascendía en tu pecho
y perderse conmigo.

Tus suspiros eran juguetones,
se abrazaban a los míos
revolcándose en la hierba
descalzos como niños,
mientras tus manos
dibujaban con mis dedos
los contornos de tu cuerpo
como un arrebato ardiente
que muerde tus labios
y enmudece el deseo.
Y tu sonrisa, oh mujer esa sonrisa,
volaba y revoloteaba
por los mismos lugares
donde antes de ti lloré por otra,
como una mariposa amante
que nace entre tus labios
y muere en mi boca.

**

TEXTOS EM PORTUGUÊS  
Tradução de Antonio Miranda

 

NOTURNO

De vez em quando é a noite
te desvisto de teu corpo
para beijar a alma nua.

De vez quando teu corpo
é uma noite nua
que envolve a alma minha
e me beija no crepúsculo.

De vez em quando durmo na noite de teus beijos
e me lembro de ti como quando ainda em mi vida não existias,
(vazio imenso, imenso vazio no vazio),
e te cheiro, a tua carne, o teu sangue, ao teu corpo.
e tudo em mim acorda em tua fragrância!
vulcão de rosas ardentes, furacão de gemidos perpétuos,
a noite desperta quando ao meu lado eu te sonho,
não há correntes que sustentem meu cor
quando louco me agito em teu carrossel de fogo,
não existem sóis que aclarem meu instinto
quando desejos escuros em tua boca sacio,
e me perco na noite  dessa boca!
porque isso és, a noite, minha noite,
tem planetas, tem estrelas em tua boca,
a cruz do sul me beija com tua boca,
e se rompem tuas unhas quando riscam minhas costas,
se tingem de vermelho com meu sangue e meu fogo
tuas mãos, mãos brancas, unhas longas,
igual de belas como o coração que mordo,
e me envolvo na noite dessas mãos!
tem galáxias, meteoritos em tuas mãos,
cúmulos de lua moldeias com tuas mãos,
em ti crucifiquei minha angústia numa noite como esta,
deixa-me crucificar também meu sexo entre tuas pernas,
deixa-me encravado no mais fundo de teu ventre,
suave como um beijo, doce como uma flor,
e ser em ti o último latido, e tu em mim o último gemido.
e amamos pelas noites como a lua nos amou,
e de vez em quando desvestir teu corpo,
e de vez em quando agarrar-te como a terra agarrou a lua,
e possuir-te girando ao meu lado sempre, sempre minha,
sempre.


INTENSO

I

Aspira-me a vida,
quero morrer em tua boca,
deseje-me, toca-me, beija-me,
inclui-me em todas as teus toques,
quero cavalgar contigo em um corcel inquieto
e recorrer desde o íris fogo de teus olhos
até o último recanto de tuas unhas pintadas.

Aqui está o que te pede, o que te deseja,
o que viu teu fruto como carne minha,
sou quem te deseja o tempo todo,
o que te busca, o sonha contigo,
o que navega em teu barco cristalino
para beber a doce seiva de teus seios,
tu amante, tu vampiro, tu secreto.

Sabes, meu amor?
não quero ser una lágrima cinzenta
que viaja sozinha e perdida no vento,
nem tampouco um lírio azul que
com um sopro desfolha o inverno,
não meu amor, e quero ser as tuas manos!
modelar meu corpo com as tuas mãos!
preencher com teu aroma nossa cama
para que cresçam milhares de flores de Eros,
e  beijar-te, meu amor, beijar-te!
até chegar no limite de nossos corpos!       

II
Morde-me a voz amor meu e cale-me,
aprisiona-me a fala com um beijo,
contigo sinto que não é sangue
e o que percorre minhas veias,  é fogo,
e que não é água o que minha boca deseja
senão o extasiante e doce suor de teu corpo.

Chupa minha língua até esgotar-me a seiva
o sorriso entreaberto que emudece minha voz,
beija-me na boca amor meu e cala-me,
quero sentir minha garganta como tua flor.

Jaz entre meus dentes a louca ilusão
de mamilos  que gemem quando ébrio os mordo,
aperta-me em teu peito, afoga-me em teu respirar,
esta noite dormirei abraçado em vossas pernas
como uma trepadeira de desejos perpétuos,
tu me calarás com um beijo de amor as palavras
e eu te beijarei con palavras de amor em silêncio.

 

MARIPOSA AMANTE

Sonhei com um jardim de rosas
na fronteira de teu corpo,
em que os teus pés
acariciavam meus passos
e andavam do meu lado
por sendeiros recorridos,
enquanto a tua fresca respiração
envolvia nossa cena
com sua silhueta orgiástica
tombada em meu destino,
como um suspiro desmaiado
que ascendia em teu peito
até perder-se comigo.

Teus suspiros eram brincalhões,
se abraçavam com os meus
revolvendo-se na grama
descalços como crianças,
enquanto tuas mãos
desenhavam com meus dedos
os contornos de teu corpo
como um êxtase ardente
que morde teus lábios
e emudece o desejo.
E teu sorriso, oh mulher esse sorriso,
voava e agitava
pelos mesmos lugares
onde antes de ti chorei por outra,
como uma borboleta amante
que nasce entre teus lábios
e morre em minha boca.


*
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Página publicada em abril de 2024

 

 

 
 
 
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